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Comunidades atingidas por VLT visitam terreno destinado a conjunto habitacional



Neste domingo (18), oito comunidades ameaçadas de remoção pelas obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), organizadas no Movimento de Luta em Defesa da Moradia (MLDM), visitarão o terreno onde o governo se comprometeu a construir conjunto habitacional para realocá-las, próximo ao conjunto José Walter.
Segundo o MLDM, o objetivo da visita é conhecer o local, na zona de Fortaleza, distante muitos quilômetros do local onde as famílias vivem (muitos há seis décadas), trabalham e estudam. As comunidades se mostram apreensivas, pois, embora o governo queira iniciar as obras do VLT no final deste ano, o terreno destinado à realocação não começou até agora a ser preparado para a construção do conjunto habitacional.

A visita é organizada pelo próprio movimento. Um ônibus com 50 moradores sairá, às oito horas, da capela da comunidade Trilha do Senhor (Avenida Padre Antônio Tomás com Via Expressa) e depois passará pela comunidade Aldacir Barbosa, no Bairro de Fátima, também ameaçada de remoção.
Além dos moradores das comunidades ameaçadas, participarão da visita alguns membros da Associação de Geógrafos Brasileiros (AGB) e integrantes de assessorias jurídicas populares.
Prejuízos

Com as obras do VLT, previsto para a Copa do Mundo de Futebol 2014, mais de 2.700 famílias serão removidas. O governo, além de desrespeitar a Lei Orgânica, que prevê realocamento no raio de dois quilômetros, oferece indenizações baixíssimas, com as quais não é possível comprar outro imóvel em Fortaleza.

Como alternativa, o governo propõe que as famílias que receberão indenizações de até 40 mil reais sejam remanejadas para um apartamento de 52 metros. Para as que receberam indenização acima de 40 mil reais, o apartamento será entregue mediante compromisso dos moradores de pagar prestações ao Programa Minha Casa Minha Vida, que variam de R$ 50 a R$ 100 de acordo com a renda.

A Licença Prévia (LP) para as obras do VLT foi aprovada no dia último dia 2, em reunião do Conselho Estadual de Meio Ambiente (Coema). As comunidades apontam diversas irregularidades, desde a não participação dos moradores na reunião a irregularidades no Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima), que não prevêem alternativas de percurso para o VLT.

Contatos:

Jersey Oliveira, da comunidade Aldacir Barbosa: 8704.6608
Francinete Gomes, da Trilha do Senhor: 9176.1824 / 3244.3750

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